O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), usou as redes sociais para explicar a fala que ele fez em entrevista ao Estado de São Paulo a respeito de uma frente formada por parlamentares do Sul e do Sudeste no Congresso Nacional para votar em conjunto nos interesses das duas regiões para que elas tenham um suposto protagonismo diante do Norte e Nordeste.
A fala do mandatário mineiro gerou reações negativas de políticos nordestinos e do Norte. O senador Otto Alencar (PSD-BA), por exemplo, chamou o discurso de Zema de “repugnante” e “separatista”.
“A união do Sul e Sudeste jamais será pra diminuir outras regiões. Não é ser contra ninguém, e sim a favor de somar esforços. Diálogo e gestão são fundamentais pro país ter mais oportunidades. A distorção dos fatos provoca divisão, mas a força do Brasil tá no trabalho em união”.
O caso
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), defendeu a união dos estados do Sul e do Sudeste do Brasil para fazer frente às demais regiões do país. O gestor mineiro anunciou a criação do Cossud (Consórcio Sul Sudeste) e defendeu que, além do protagonismo econômico, eles precisam ter também o protagonismo político.
“Tem muita coisa que um estado faz melhor que o outro. Também já decidimos que além do protagonismo econômico que temos, porque representamos 70% da economia brasileira, nós queremos – que é o que nunca tivemos – protagonismo político”, afirmou Zema, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
“Outras regiões do Brasil, com estados muito menores em termos de economia e população, se unem e conseguem votar e aprovar uma série de projetos em Brasília. E nós, que representamos 56% dos brasileiros, mas que sempre ficamos cada um por si, olhando só o seu quintal, perdemos”, complementou o governador mineiro.