A peregrinação dos últimos dias do advogado Cristiano Zanin pelo Senado Federal parece estar surtindo resultados. Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Supremo Tribunal Federal (STF), o jurista já tem promessa de, ao menos, 33 dos 41 votos necessários para aprovação de seu nome no plenário da Casa Alta. Na semana passada, conforme o Metrópoles, ele já tinha se encontrado e conversado com senadores também fora do Congresso com o mesmo objetivo.
Para ser aprovado, é preciso que o advogado seja referendado em sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), marcada para 21 de junho, e, depois, aprovado pelo plenário da Casa com, ao menos, 41 votos.
Três grandes bancadas do Senado Federal anunciaram oficialmente o apoio unânime ao advogado. O PSD, que lidera o ranking com 15 senadores, informou, na terça-feira (13), que a sigla apoiará a indicação. O MDB, que ocupa o terceiro lugar na lista com o maior número de parlamentares, também já sinalizou que seguirá pelo mesmo caminho. A legenda tem 10 senadores e, segundo o vice-líder do partido, dará voto favorável ao advogado. Além disso, a tendência é que a bancada do PT, sigla do presidente Lula, também apoie a indicação. A legenda tem oito parlamentares.
Só aí, Zanin garante 33 votos. Ao longo da semana, no entanto, o advogado deve tentar conquistar apoio de partidos de centro e oposição.
O PL, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é a segunda maior bancada da casa, com 12 senadores. Além disso, o União Brasil também tem número expressivo de senadores, com nove integrantes.
Veneziano Vital do Rego (MDB-PI), relator da sabatina de Zanin na CCJ, deve ler o parecer final sobre a indicação na manhã desta quinta-feira (15). A reunião do colegiado está prevista para as 9h.
Nesta quarta-feira (14), Veneziano já antecipou que Zanin tem capacidades técnicas e jurídicas para assumir o cargo, e que o relatório será redigido de forma “objetiva”. O texto será debatido e votado na CCJ na próxima quarta-feira (21).
O colegiado, presidido por Davi Alcolumbre (UB), tem seis senadores do MDB, seis do União, três do Podemos, dois do PDT e um do PSDB. Siglas que compõem a base aliada do governo também têm participação expressiva na CCJ: são 10 senadores do PSD, seis do PT e dois do PSB.
A oposição tem seis senadores do PL na CCJ, um do Novo, um do Podemos, quatro do PP e dois do Republicanos.