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Teixeira de Freitas: Prefeito coloca culpa em Lula sobre caos na saúde municipal

por Redação

Ao ser questionado em uma entrevista de rádio, o político disse que a pergunta era “conversa de ignorante”; declaração é inverídica, pois diretrizes do SUS definem obrigações no cuidado básico e emergencial às cidades.

O prefeito de Teixeira de Freitas, Marcelo Belitardo (União Brasil), alegou que os problemas que o município passa na área de saúde pública atualmente é culpa do governo federal, contrariando a regra de que todos os poderes são responsáveis por cuidar e investir no setor prioritário à sociedade.

A fala foi dada durante uma entrevista a uma rádio local. Ao ser questionado sobre o assunto, o gestor da cidade localizada no sul baiano distribuiu toda a responsabilidade à União, comandada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na resposta, o prefeito tratou o caso como deboche, dizendo que a prefeitura não tinha nenhuma obrigação com o assunto, o que é inverídico.

“A saúde pública é uma questão nacional e não municipal. O problema não é de Teixeira de Freitas, então estuda um pouquinho antes de falar besteira. Essa conversa de que o município arca com isso é coisa de ignorante no assunto”, diz Belitardo, atacante o ouvinte que fez a pergunta.

O prefeito tomou uma posição após a vitória de Lula, afirmando que as dificuldades que a população teixeirense passa nos postos e unidades de saúde periodicamente é uma consequência da nova gestão no Palácio do Planalto, em Brasília. Belitardo é um apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), rival político do atual chefe de Estado brasileiro.

Responsabilidade da saúde pública

O funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) vem através do Pacto Tripartite, que é definido entre União, Estados e municípios do país. Cada um tem suas funções e destinações orçamentárias próprias para manter o complexo serviço em plena atuação.

As cidades são responsáveis, principalmente, em manter as áreas de atenção primária, por meio das Unidades Básicas (UBS) e de Saúde da Família (USF), e de urgência e emergência, com as Unidades de Pronto Atendimento (UPA).

Além disso, todos os municípios recebem recursos financeiros e insumos dos governos federal e estadual para prosseguir com campanhas de rotina. Um exemplo disso é a vacinação, onde a União destina os imunizantes para os Estados e ali é enviado para cada cidade, com a quantidade calculada para a população.

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