A deputada federal Rosangela Moro (União Brasil-SP) recorreu de decisão do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo que aprovou com ressalvas as suas contas da campanha eleitoral em 2022 e determinou o recolhimento de R$ 28.265,03 ao Tesouro Nacional.
A Justiça Eleitoral contestou, entre outros pontos, uma despesa relativa a passagens aéreas entre São Paulo e Curitiba pela deputada. O TRE entendeu que a parlamentar não conseguiu comprovar a finalidade de um deslocamento de ida e volta entre as cidades no contexto da sua campanha.
A deputada justificou ao TRE que o objetivo da viagem foi fazer gravações de propaganda eleitoral com seu marido, Sergio Moro (na época candidato e hoje senador pelo Paraná). Para a corte regional, não foi comprovada a execução de gravação na cidade de Curitiba na data da viagem.
A defesa da deputada afirma que a legislação eleitoral não exige outro documento além da fatura da viagem, indicando passageiros, datas e itinerários, e lembra que a então candidata também tinha contrato com fornecedores de campanha com sede em Curitiba.
O recurso segue ao TSE no mesmo mês em que a deputada trocou de domicílio eleitoral, de São Paulo para Curitiba, o que a deixaria apta a participar de uma eventual eleição suplementar ao Senado, na hipótese de cassação de Sergio Moro, alvo de uma ação judicial no TRE paranaense.