Apesar da resistência que vem opondo à indicação de Moisés Rocha (PT) à sua vice, o candidato do MDB à Prefeitura de Salvador, Geraldo Jr. (MDB), deverá acabar tendo que aceitar a escolha do ex-vereador para a posição.
O time de Geraldo Jr. rejeita Moisés por considerar que ele não tem prestígio eleitoral na cidade, o que teria sido demonstrado pelo fato de não ter conseguido sequer se reeleger à Câmara Municipal nas últimas eleições.
O nome preferido pelo emedebista e o seu partido para compor a chapa seria o da secretária estadual da Promoção da Igualdade, Fabya Reis. Ela declinou do convite, no entanto, porque não teve garantias do governo de que poderia voltar para a secretaria passada a eleição.
Nascida entre os vereadores do PT, a pressão pela escolha de Moisés atende, principalmente, a uma estratégia da bancada municipal do PT. Ela favoreceria, principalmente, a reeleição da vereadora Marta Rodrigues, irmã do governador Jerônimo Rodrigues (PT).
Impedidos de apresentar um candidato do PT à Prefeitura de Salvador pela cúpula partidária, especialmente o senador Jaques Wagner, o que funcionaria turbinando o voto de legenda que os ajudaria a se reeleger, os vereadores passaram a ver em Marta a figura da “puxadora”.
Com uma campanha turbinada pelo governador, que provavelmente não gostaria de passar pelo risco de se desmoralizar vendo a irmã perder a reeleição em Salvador, ela poderia funcionar – se disparar em número de votos – ajudando na eleição dos colegas à Câmara.
Uma das “mãozinhas” à vereadora viria da decisão de Moisés de não concorrer à Câmara, buscando transferir seus votos para ela, uma operação que pode vir a envolver outros candidatos petistas à vereança.