Presidente do Superior Tribunal Militar, o Tenente-Brigadeiro do Ar Francisco Joseli Parente Camelo elogiou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que levou o ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro (PL) a ser preso na última quarta-feira (3).
De acordo com informações da coluna Painel, na Folha de S. Paulo, Camelo defendeu que o tenente-coronel Mauro Cid seja investigado na Justiça civil e afirmou que a decisão de Moraes foi “muito bem fundamentada”.
Cid foi preso pela Polícia Federal (PF) por suspeita de fraudar registros de vacinação contra a Covid-19. Dentre os documentos falsos emitidos estão o do próprio tenente-coronel, da esposa e das filhas, além de Bolsonaro e da filha Laura, de 12 anos.
Ao defender o julgamento no STF, o presidente do STM aponta que o ato ilícito imputado ao ex-ajudante de ordens não é um crime militar. Segundo Parente Camelo, os crimes militares são os contra o patrimônio das Forças Armadas, contra a ordem administrativa militar ou afrontem a hierarquia e a disciplina, o que não é o caso da acusação de Mauro Cid.
Ele pontua, entretanto, que no caso de uma condenação superior a dois anos, o tenente-coronel será julgado no STM, para avaliar se ainda permanece digno de exercer as funções militares ou ser afastado do Exército.