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Após uma série de críticas à gestão estadual de Sergipe, a jornalista Gleice Queiroz foi alvo de uma operação da Polícia Civil, nesta quinta-feira (25), em seu apartamento, no bairro Jabotiana, na cidade de Aracaju.

Por meio de suas redes sociais, o deputado federal João Daniel (PT) insinuou que a profissional estaria sendo alvo de uma perseguição política. Um celular, um notebook e um fone de ouvido da jornalista chegou a ser apreendido.

“Gleice tem sido uma comunicadora crítica e denunciativa do Governo de Sergipe, apontando os erros e exercendo a função jornalística de fiscalização dos recursos públicos”, disse o parlamentar.

João Daniel classificou o inquérito como “lamentável” e ressaltou que o processo já estava arquivado, tendo sido reaberto e “ganhado tons midiáticos”, segundo as palavras do deputado.

Informações preliminares encaminhadas ao BNews apontaram, inclusive, que um helicóptero teria sido utilizado pelas forças policiais durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão.

Posicionamento da SSP

Em contato com a reportagem, a Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP-SE) afirmou que a operação estaria relacionada à investigação sobre o desaparecimento de equipamentos na sede da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc) entre o fim de 2022 e início de 2023.

A pasta fez questão de ressaltar que a ação movida pela Polícia Civil “nada tem a ver com a função da jornalista”. O mandado de busca e apreensão foi movido pelo Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri).

“Com base em investigação técnica, profissional e com trabalho de inteligência, a Polícia Civil identificou que alguns equipamentos poderiam estar na residência da jornalista. Diante dessa informação, o Depatri solicitou mandado de busca e apreensão”, escreveu a SSP.

As forças policiais ainda confirmaram os objetos apreendidos na casa da jornalista e informaram que eles “tinham os mesmos números de série informados em boletim de ocorrência, após desaparecem”.

Por fim, a Polícia Civil desmentiu o boato de que um helicóptero teria sido utilizado e reforçou o compromisso com a liberdade de imprensa.

O que diz Gleice

A reportagem tentou contato com Gleice, mas não teve retorno. No entanto, por meio das suas redes sociais, a profissional da Comunicação, evidenciou os erros cometidos, mas ressaltou que não furtou nada.

“Eu sei dos erros que cometi, mas eu tenho certeza que não furtei nada da secretaria de Educação. Comandei mais de 3 milhões de orçamento com contratos e sempre zelei pelo bem público. Eu não seria idiota de guardar na minha casa ou usar algo alvo de Investigações”, diz um trecho da nota publicada no Instagram.