Como parte das investigações sobre os atos antidemocráticos que aconteceram em Brasília em 8 de janeiro, cerca de 80 militares do Exército e da Guarda Presidencial serão ouvidos nesta quarta-feira, 12, na Academia Nacional da Polícia Federal, a 20 km da Esplanada dos Ministérios.
Entres os militares que serão ouvidos, estão o general Gustavo Dutra e o coronel Jorge Fernandes da Hora. O primeiro chefiava o Comando Militar do Planalto, enquanto o segundo comandava o Batalhão da Guarda Presidencial, na ocasião em que os atos aconteceram.
O fato de estas unidades serem responsáveis pela segurança do Palácio do Planalto levantou suspeitas sobre colaboração desses militares com as invasões cometidas por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), que depredaram não só a sede do Executivo, mas também o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), por não aceitarem a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial.
Entenda o caso
Por volta das 14h40 do dia 8 de janeiro, os bolsonaristas furaram bloqueios e conseguiram entrar no Congresso Nacional, sendo recebidos com bombas de gás lacrimogêneo. Eles tentam adentrar, ainda, o Palácio do Planalto.
Após isso, os bolsonaristas radicais também invadiram o Supremo Tribunal Federal (STF). Eles ocuparam o prédio e quebraram vidros e portas.
Agentes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) revistaram uma parte dos manifestantes. Junto dos pertences, foram encontradas também armas brancas.
Um outro grupo chegou ao Quartel General do Exército de Brasília. Houve também uma concentração de pessoas perto do Ministério da Saúde e do Palácio do Itamaraty.