O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) tratou de minimizar o caso das joias da Arábia Saudita que afetam o seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro.
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, divulgada nesta segunda-feira (20), o parlamentar disse que a tentativa de trazer as joias, avaliadas em R$ 16,5 milhões, ao Brasil, é “coisa tão pequena”. Ele ainda culpou a imprensa de aumentar o caso.
“Ninguém sabia o que tinha lá dentro. Podia ser um copo de água, ninguém sabia. E se tivesse má-fé, ninguém ia fazer o trajeto de passar pelo raio-x da Receita, não ia trazer num voo comercial”, disse Flávio.
“O que ele [Bolsonaro] não explicou [sobre as joias]? É uma coisa tão pequena. É uma forçação de barra para desviar dos reais problemas do Brasil. Ele preferiu ignorar. Deixa as autoridades investigarem à vontade”, acrescentou.
Ainda na entrevista, Flávio Bolsonaro criticou o processo que corre no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que pode tornar Jair Bolsonaro inelegível.
“São ações políticas. Eu confio que o Judiciário não vai se deixar contaminar. Se isso [inelegibilidade] acontecesse, seria a maior atrocidade das últimas décadas. Não tem razão de você querer tirar na canetada uma pessoa que claramente representa grande parte da sociedade. Isso é interferir na democracia”, afirmou.
