Na luta contra a cassação do seu mandato, o deputado federal Glauber Braga (PSOL), soma mais de 100 horas em greve de fome, neste domingo (13). O parlamentar iniciou o jejum na última quinta-feira (10), quando o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu cassar o seu mandato.
Neste domingo, ele recebeu a visita do ministro da Secretaria-Geral, Márcio Macedo, e da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. “Estou aqui em solidariedade e protesto contra esse processo. Que o Conselho de Ética reveja sua posição, porque lutar por dignidade, por justiça, defender quem precisa ser defendido não é crime e não é motivo para perda de mandato”, afirmou a ministra durante a visita, de acordo com assessoria do PSOL.
O deputado disse se sentir bem com as visitas: “são muito importantes para dar visibilidade à perseguição política que está acontecendo aqui na Câmara dos Deputados”.
No sábado (12), ele recebeu as visitas de do ministros da Secretaria de Comunicação (Secom), Sidônio Palmeira, e de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.
De acordo com a assessoria do parlamentar, neste domingo, ele tomou dois copos de soro e três copos de água. Ele tem passado por avaliação médica duas vezes por dia.
Glauber é acusado de agredir um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) durante uma confusão no Congresso Nacional, em 2024. O PSOL classifica o processo como uma “articulação golpista” e uma retaliação do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por denúncias feitas pelo deputado no escândalo do orçamento secreto.
Glauber ainda pode recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Caso o recurso seja rejeitado, o processo segue para votação no plenário da Câmara, onde são necessários ao menos 257 votos para que a cassação seja confirmada.