O ex-procurador e ex-deputado federal Deltan Dallagnol teria mantido negociações confidenciais com as autoridades dos Estados Unidos para compartilhar os valores a serem recolhidos pela Petrobras em multas e penalidades relacionadas a casos de corrupção. A informação foi divulgada pelo portal Uol.
A negociação não envolveu a CGU (Controladoria-Geral da União), o órgão competente por lei, para o caso. Deltan Dallagnol negou que as conversas de uma possível negociação entre ele e autoridades dos Estados Unidos existiriam.
“Os procuradores da Lava-Jato não reconhecem as supostas mensagens obtidas mediante crimes, sem autenticidade atestada e usadas sem critérios éticos por diversos jornalistas, que têm divulgado atividades legítimas de funcionários públicos de modo deturpado, sem apuração adequada do contexto e fechando os olhos para a gravidade dos crimes contra direitos fundamentais praticados por hackers”, rebateu, por meio de nota.
As conversas seriam feitas pelo Telegram e teriam sido obtidas a partir das investigações da Polícia Federal sobre o caso da ‘Vaza-Jato’, pela Operação Spoofing. No dia 29 de janeiro de 2016, Dallagnol teria escrito aos suíços para contar o resultado dos primeiros contatos entre ele e as autoridades americanas.