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Após a saída de Nísia Trindade do Ministério da Saúde e os rumores sobre o retorno de Gleisi Hoffmann ao governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já sinalizou a aliados que pretende exonerar a ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves. A informação é do Radar, da Veja.

Especialista em gênero e no combate à violência contra mulheres, Aparecida enfrenta denúncias de assédio no ministério, o que resultou em processos na Comissão de Ética da Presidência da República. Além disso, áudios divulgados pelo jornalista Felipe Frazão, do Estadão, mostram a ministra reclamando da frequência com que é acionada por Lula, Rui Costa e pela primeira-dama Janja, o que teria reforçado a decisão do presidente de substituí-la.

De acordo com fontes do Planalto, a exoneração ainda não ocorreu porque Lula avalia possíveis sucessores. Um dos nomes cotados é o da senadora Teresa Leitão. Sua nomeação abriria vaga no Senado para o suplente, o ex-deputado Silvio Costa, pai do ministro Silvio Costa Filho, fortalecendo sua base política.

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, recebeu denúncias por estar relacionada a supostos casos de assédio moral. O ocorrido foi encaminhado pela Controladoria-Geral da União (CGU) para a apuração da Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República.

De acordo com relatos de servidoras presentes no processo, eram constantes ameaças de demissão, cobrança de trabalho em curto prazo, tratamento hostil, além da manifestação de preconceitos e momentos em que Cida as gritava.

“No caso específico da ministra de Estado, a CGU não possui competência para atuar. Por essa razão, foi encaminhado um expediente à Comissão de Ética Pública do Poder Executivo Federal, informando os fatos”, informou a Controladoria ao CNN Brasil.

O Ministério das Mulheres se pronunciou sobre o ocorrido e declarou que nenhuma das acusações foi registrada formalmente nos canis da Corregedoria da pasta, “da mesma forma que não foi notificado sobre denúncias realizadas em outros órgãos”.

As mulheres que prestaram a denúncia informaram que os casos começaram a ocorrer após o desentendimento da ministra com a então secretária nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Polícia, Carmen Foro, que foi exonerada pela ministra com o argumento de não ser uma “boa gestora”.

“Aqui tem hierarquia. Eu não posso afrontar o presidente, e nenhuma secretária pode me afrontar. Pode discordar, é diferente. […] Se vocês acham que eu não sei o que acontece nos corredores, eu sei. Cara, eu sei de tudo”, dizia um dos trechos do processo, sobre uma suposta fala de Cida.

cida gonçalves

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