O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), e aliados do deputado federal Hugo Motta (Republicanos -PB) esperam um gesto de apoio mais incisivo do governo Lula e do próprio Partido dos Trabalhadores (PT) ao nome do parlamentar na sucessão à presidência. No entanto, Lula não quer se comprometer com nenhuma candidatura, caso isso aconteça o presidente só o fará após as eleições municipais.
Segundo a Folha de São Paulo, um dos entraves para que Motta tenha o apoio da esquerda é a proximidade do deputado com o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI) e com o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, articulador do impeachment de Dilma Rousseff (PT).
Além de Motta, também disputam a sucessão de Lira, Antônio Brito (PSD-BA) e Elmar Nascimento (União Brasil). Eles estão dando sinais que podem formar uma aliança governista para atrair PT e governo federal.
Essa aliança pode se estender à sucessão do Senado. O PSD abriria mão de lançar Otto Alencar contra o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP)e concorreria apenas ao posto principal da Câmara. Entraria nessa negociação a substituição de Waldez Góes no Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.
Ainda há a possibilidade de outros nomes entrarem na disputa pela Câmara no lugar de Elmar como André Figueiredo (PDT-CE) e Domingos Neto (PSD-CE) ou no lugar de Motta como o líder do PP, Doutor Luizinho (RJ) e o ex-ministro de Dilma, Antônio Carlos Rodrigues (PL-SP). Apesar disso, Motta ainda é o favorito na disputa.