A Segurança Pública da Bahia dominou a pauta do dia na Câmara Municipal de Salvador (CMS) na sessão desta segunda-feira, 21. Os vereadores da base do prefeito Bruno Reis (União Brasil) e os de oposição, aliados ao governador Jerônimo Rodrigues (PT), trocaram farpas no púlpito da casa e tentaram aquecer o debate para as eleições de 2026.
A vereadora Roberta Caires (PDT), aliada do prefeito reeleito, iniciou a discussão ao falar sobre a prisão do soldado da Polícia Militar, Diego Santana Corrêa, por 30 dias. Em discurso, a pedetista culpou o governo da Bahia sobre o caso.
“Nos deparamos com uma ação da PM contra do soldado Corrêa, que já havia sido inocentado de todas as acusações e mesmo assim foi ordenada a sua detenção. Se já existe a instabilidade nos bairros, agora tem também dentro da própria corporação que faz o enfrentamento à criminalidade”, disse Caíres.
Usando a palavra como membro da oposição, o vereador Augusto Vasconcelos (PCdoB), que integra a base do governador, subiu o tom ao rebater as declarações da pedetista. Durante a fala, o comunista relembrou a ausência da apresentação de um Plano Municipal de Segurança. Na ocasião, ele ainda falou o que considera como principais pautas para a área que podem ser feitas pela gestão municipal.
“Na Lei Orçamentária deste ano apresentada pelo prefeito há uma redução em 0,75% do orçamento da segurança previsto de Salvador, que vai cair de R$ 174 bi para R$ 133,9 bi. […]. Temos uma prefeitura que não apresentou um Plano Municipal de Segurança. Encaminhou um documento ao Ministério da Justiça para cumprir tabela”.
“A prefeitura pode e deve colaborar com a segurança. É pauta de segurança: a iluminação pública nos bairros, os investimentos na educação e cultura”, completou.
A vereadora Cris Correia (PSDB) também contribuiu com o debate e defendeu o chefe do Executivo municipal. Segundo ela, “Bruno Reis está disposto a colaborar” com o Estado para traçar ações voltadas para a temática.
Já o vereador Arnando Lessa (PT) fez um discurso firme e apontou que a pauta levantada pelos colegas no púlpito visa antecipar o debate eleitoral de 2026, quando o governador Jerônimo deve tentar a reeleição.
“Em 2025, a pauta da segurança estará na ordem do dia no plenário e na sociedade. Jerônimo já derrotou esse projeto que está aí na Prefeitura, junto com o PT e partidos aliados. Em 2026, faremos novamente o debate”, declarou.