O Palácio Thomé de Souza deverá ser apenas saudades para a prefeitura de Salvador. Isso porque o local deve deixar de hospedar nos próximos dias. A mudança deve-se a um risco de demolição do espaço devido a uma ação judicial que tramita há mais de 20 anos na Justiça Federal.
O caso começou a ser discutido em 2000 pelo Ministério Público Federal (MPF), sob alegação de que a estrutura não segue as restrições arquitetônicas e culturais da região.
Com isso, a Secretaria de Governo (Segov), comandada pelo ex-deputado federal Cacá Leão (PP), publicou nesta sexta-feira, 22, uma inexigibilidade de licitação, autorizando a locação do Edifício Palácio Arquiepiscopal para o funcionamento do Executivo.
A novidade consta no Diário Oficial do Município (DOM). O documento define os espaços em que a gestão será instalada, ficando restrita ao térreo, subsolo, 1° e 2° pavimento. O equipamento funciona na Praça da Sé, também no Centro Histórico da capital.
Até o momento, não há data para que essa mudança possa ocorrer.
Palácio Arquiepiscopal
O espaço passou por uma grande reforma e foi entregue totalmente requalificado no ano de 2019. O local foi considerado por muito tempo morada de bispos, arcebispos e Centro Administrativo e pastoral da Igreja Católica no Brasil.
O Palácio Arquiepiscopal de Salvador, foi construído no início do século XVIII e é um dos melhores exemplos de arquitetura civil do período colonial no país, contando com acervo de bens móveis, a exemplo de mobiliário, imaginária, telas e pratarias.