Apesar do discurso das principais lideranças petistas baianas de que o candidato do PT à Prefeitura de Salvador precisa ser competitivo, não é esta a análise que a cúpula nacional da legenda faz sobre a sucessão na capital baiana.
Documentos vistos por políticos petistas baianos e mesmo conversas travadas em Brasília sobre as eleições de 2024 indicam que da lista de candidatos que o partido pretende lançar em capitais não faz parte Salvador.
A exclusão do município da lista de cidades prioritárias para a disputa pelo partido no ano que vem representa um golpe na candidatura que o PT apresentou em Salvador, encabeçada pelo deputado estadual Robinson Almeida.
Sem o apoio da direção nacional da legenda, essencial para se viabilizar como uma força agregadora dos aliadas ao governo do Estado na capital baiana, a tendência é a de que Robinson perca fôlego.
Coincidentemente, seu nome tinha se fortalecido depois que o presidente da Conder, José Trindade, alegando problemas de saúde, anunciou que desistiria de concorrer à Prefeitura, na semana passada.
O próprio Trindade, que chegou a pensar em se filiar ao PT, teria sido avisado de que Salvador não faz parte das cidades que o partido via como prioritárias para concorrer à Prefeitura.
Agora, Robinson terá que buscar apoio em seu partido e em outros da coalizão liderada pelo PT para se consolidar e superar a candidatura de Geraldo Jr. (MDB), a que aparece mais forte no cenário municipal do lado do governo depois da desistência de Trindade.
Não é por acaso que muitos no campo do governo acreditam que o PT acabará indicando na chapa do emedebista o candidato a vice, condição que o deputado pode ou não aceitar.
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