Alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) por suspeita de integrar um grupo que desviava recursos dos fundos partidário e eleitoral do antigo PROS, o presidente nacional do Solidariedade, Eurípedes Júnior, conseguiu escapar da ação da PF. A informação é da CNN Brasil.
A operação foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (12), em Goiás, São Paulo e no Distrito Federal. Na oportunidade, a PF cumpria 45 mandados de busca e apreensão e outros sete de prisão preventiva. Destes só o de Euripedes não foi cumprido.
De acordo com a reportagem, a PF acredita que ele fugiu ao tomar conhecimento da operação enquanto se deslocava para o aeroporto de Brasília. Ao saber da ação, o presidente nacional do Solidariedade teria mudado sua rota. Ainda não se sabe se Euripedes soube do cumprimento do mandato contra ele através de funcionário de sua casa ou das imagens do câmeras de segurança do imóvel.
Informações da PF apontam ainda que a viagem de Euripedes já estava prevista. Ele embarcaria ao lado de aliados: Cintia Lourenço da Silva, tesoureira do Solidariedade e Alessandro Sousa da Silva, primo de Euripedes e casado com Cintia. Ao chegar no aeroporto de Brasília, Cintia e Alessandro foram presos. Euripedes pegou um desvio não chegou ao aeroporto.
Ainda segundo informações da CNN, as investigações começaram em 2015, quando Euripedes comprou um helicóptero, avaliado em R$ 5 milhões, no período em que era presidente do antigo PROS. A aeronave, adquirida em dinheiro vivo, era usada para que ele viajasse de Goiás para Brasília, para visitar a sede do partido na capital federal. Existe a suspeita de que o montante usado na compra do helicóptero teria sido um dos desvios do fundo partidário da sigla.
O paradeiro do presidente do Solidariedade ainda não é conhecido e ele é considerado foragido da PF. Por meio de nota o partido informou que “são fatos ocorridos antes da união do Pros com o Solidariedade”. Ainda segundo a nota, a legenda está “tomando pé da situação e ainda não tem uma posição sobre os fatos”.