Uma operação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), responsável pelas investigações, prendeu preventivamente dez pessoas por envolvimento em crimes na concessão de serviço funerário de Criciúma, no Sul de Santa Catarina. O prefeito da cidade, Clésio Salvaro (PSD), também foi detido.
Os envolvidos na primeira das investigações foram denunciados em 26 de agosto pelos crimes de organização criminosa, fraudes licitatórias e contratuais, corrupções, crimes contra a ordem econômica e economia popular. As informações são do portal G1.
A administração municipal afirmou que não foi comunicada oficialmente. Procurada pelo portal, a equipe de Salvaro divulgou um vídeo em que o político nega envolvimento em crimes e cita questões políticas. Ele está no segundo mandato e não pode concorrer à reeleição.
Outros investigados foram detidos em Jaraguá do Sul, no Norte, São José, na Grande Florianópolis, e em Florianópolis. A ação desta manhã é desdobramento de investigações iniciadas ainda em 2023, no escopo da chamada Operação “Mercadores da Morte”. Com o avanço das apurações, foi deflagrada no dia 5 de agosto deste ano, onde buscas foram feitas na sede da prefeitura. A ação desta terça foi batizada de “Operação Caronte”, nome que faz alusão ao barqueiro de Hades (mitologia grega), que carrega as almas dos recém-mortos sobre as águas do rio Estige e Aquerante, que dividiam o mundo dos vivos do mundo dos mortos.
Ainda de acordo com o Gaeco, vinculado ao Ministério Público catarinense, o grupo investigado é composto por empresários e agentes públicos. O processo tramita sem sigilo no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
Os presos desta manhã foram submetidos a exame de corpo de delito e levados para o sistema prisional, onde aguardarão audiência de custódia nos locais onde ocorreram as prisões.