Os cafajestes notoriamente disfarçados são implacáveis! Honestidade tornou-se artigo de luxo! É inescapável pensar-se diferente! Todos nós sabemos o que é uma ação desonesta, mas o que é a honestidade? Atributo do que apresenta probidade, honradez, do que é decente, do que tem pureza e é moralmente irrepreensível e casto.
Confúcio asseverou que: “Ao examinarmos os erros de um homem, conhecemos o seu caráter”. Será que a corrupção está se arvorando dos corações e da nobreza do caráter? Efetivamente, este é um questionamento auspicioso e, para muitos indecoroso e obsceno, pois tornou-se um tema que traz inquietude.
A verdade mais cristalina é que a honestidade é elogiada por todos, entretanto, se no google for feita uma varredura – uma simples pesquisa, muitos dos paladinos arrogantes da nobreza, da justiça, cairão de joelhos na lama putrefata.
A honestidade tornou-se artigo de luxo, muitos dos que vemos hoje figurando com destreza, tanto na esfera pública quanto privada, não saberiam coexistir sem as máscaras da lisura, da probidade e da honradez, versando obscuramente escondidos sob o véu da imoralidade. Infelizmente para muitos dos intocáveis, a vida é clichê e para o resto apanágio, regalia e plágio…
Será que a honestidade está inserida apenas no pavor iminente da prisão? Parafraseando William Shakespeare percebo claramente que: “Nenhuma herança é tão rica quanto a honestidade”, afirmando ainda que o poder da beleza transforma a honestidade em meretriz num diapasão inimaginável!
E vou mais longe, quando afirmo, categoricamente, que ao educarmos os nossos filhos esta deva ser não uma alternativa, mas provavelmente a única! Sejamos sinceros, por mais que se batalhe e vença com esforço, se não logrou com honestidade você não conseguiu nada – você é tão cafajeste como qualquer outro que já tenha sido condenado. Muitíssimo provavelmente associado a um verme imoral.
O homem desonesto é pobre de espírito e caráter, chafurdando no lixo da própria história, onde se refastela com a podridão dos subterfúgios, vivendo moralmente embriagado no subterrâneo fétido das suas idiossincrasias! Sem olvidar, obviamente, que rastejam associados às turbas mais execráveis..
Merecedor de aplausos – Carpinejar externou: “A honestidade é antipática. As pessoas que são justas, discretas, comportadas, netos ao colo, casos arquivados, não rendem literatura, a impureza emociona”.
É preciso ser honesto pra cobrar honestidade, é preciso ser sincero pra cobrar sinceridade. Distante destas premissas, afirmo que honestidade não é hipocrisia e deve estar arraigado na esfera particular do indivíduo e não se pode, simplesmente, retirar de uma cartola como num passe de mágica.
Os cafajestes imundos, protegidos sob o manto dos comentários jocosos, comumente se veem afundados em areia movediça, acorrentados ao desespero noturno, revirando em insônia, prestes a apreciar o crepúsculo matinal.
Honestidade é um presente muito caro. Não espere isso de pessoas baratas… Busque a qualquer preço a sua retidão, pois “Nenhum tesouro, por mais valioso que seja, supera o cabedal da honestidade”. E quando nos arriscamos em busca do nosso melhor perfil, traçando metas, objetivos e respeitando a decência, trabalhando obstinadamente, nos permitimos contornar a maledicência e restaurar o que há de melhor em nós.
André Curvello advogado e colaborador do Liberdade de Imprensa