Número de pessoas deslocadas à força no mundo atinge recorde de 110 milhões, diz ONU

Congolese asylum-seekers line up to undergo security and health screening in Zombo, near the border between Uganda and the Democratic Republic of Congo. ; In July 2020, UNHCR, the Government of Uganda and partners mounted an emergency operation in the Zombo district to receive thousands of asylum-seekers stranded in no-man's land between Uganda and the Democratic Republic of the Congo (DRC) since late-May. The Guladjo and Mount Zeu border points have been opened for three days to receive civilians who are among an estimated 45,000 people displaced by militia violence in eastern DRC. Like many countries, Uganda closed its borders in March to contain the spread of COVID-19. Upon arrival at the border, all asylum-seekers underwent security and health screening. Vulnerable individuals were identified and fast-tracked for assistance. Mandatory 14-day quarantine and COVID-19 testing is being carried out at Zewdu Farm Institute, where arrivals are being registered and given food and basic aid.

O número de pessoas deslocadas à força no mundo atingiu a marca recorde de 110 milhões, segundo relatório da Agência de Refugiados das Nações Unidas (Acnur) divulgado nesta quarta-feira (14). A guerra na Ucrânia e os conflitos no Sudão contribuíram para a marca histórica.

No fim do ano passado, a Organização das Nações Unidas (ONU) calculava que 108,4 milhões de pessoas haviam sido deslocadas à força dos locais onde viviam. Neste cálculo entram pessoas que fugiram de casa por conta de conflitos armados, por exemplo.

Nos últimos meses, quase 2 milhões de pessoas passaram a fazer parte deste grupo. Segundo o alto comissário da ONU para refugiados, Filippo Grandi, o conflito no Sudão foi o principal causador de deslocamentos à força neste ano.

De acordo com a ONU, atualmente, cerca de metade das pessoas deslocadas à força são de três países: Síria, Ucrânia e Afeganistão.

Antes de 2011, quando começou o conflito na Síria, o número de refugiados e deslocados no mundo se mantinha praticamente estável, em 40 milhões de pessoas. No entanto, esse número veio subindo ao longo dos últimos anos.

Grandi afirmou que existe um “pacote usual de causas” para esse aumento. Além dos conflitos armados, o comissário citou a perseguição de pessoas, discriminação, violência e mudanças climáticas.

Apesar de demostrar preocupações em relação às regras adotadas por diversos países sobre a admissão de refugiados, Gandi disse estar otimista com alguns avanços, como um acordo feito pela União Europeia sobre a responsabilidade compartilhada sobre imigrantes.

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