Na abertura da conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 28, realizada em Dubai, o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) disse que a Amazônia sofre uma das “mais trágicas secas de sua história” e os ciclones que atingem o sul do Brasil, deixando um rastro inédito “de destruição e morte”.
Em seu discurso nesta sexta-feira (1) o presidente criticou países ricos pelo descumprimento de tratados climáticos e cobrou atitude dos demais chefes de governo.
“A ciência e a realidade nos mostram que desta vez a conta chegou antes. O planeta está farto de acordos climáticos não cumpridos, de metas de redução de emissão de carbono negligenciadas, de discursos vazios. Precisamos de atitudes e práticas concretas”, disse.
O presidente destacou ainda a onda de calor que atinge diversos pontos do planeta, registrando as maiores temperaturas dos últimos 125 mil anos, resultados das contínuas emissões de gases com efeito de estufa, combinadas com o El Niño.
Lula também defendeu que “é hora de enfrentar o debate sobre o ritmo lento da descarbonização do planeta e trabalhar por uma economia menos dependente de combustíveis fósseis”.
O assunto também foi abordado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, que falou não ser possível salvar o planeta com altas temperaturas “com uma mangueira de incêndio de combustíveis fósseis”.