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Lula cai entre evangélicos ao comparar Israel a Hitler, diz Quaest

por Redação

A repercussão das declarações de Lula (PT) sobre o conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza “impactou o público evangélico de maneira especial”, diz Felipe Nunes, diretor da Quaest Pesquisa e Consultoria.

A queda da avaliação positiva de Lula entre esse público despencou, superando a oscilação verificada em todos os outros segmentos da população, de acordo com a pesquisa Genial/Quaest realizada entre os dias 25 e 27 de fevereiro e divulgada nesta quarta (6).

Na sondagem anterior, feita em dezembro, 56% dos evangélicos já diziam desaprovar o trabalho que o presidente está fazendo no governo.

No fim de fevereiro, quando a nova rodada foi realizada, o percentual saltou para 62% de desaprovação, contra 35% que dizem aprovar o trabalho de Lula.

Entre os católicos, a situação do presidente é bem mais confortável: a avaliação negativa oscilou de 37% para 39%, dentro da margem de erro.

Já a aprovação a Lula é muito superior, chegando a 58%.

O movimento dos evangélicos fez a aprovação de Lula, no cômputo geral, cair de 54% para 51%, e a desaprovação subir de 43% para 46%.

“Há dois elementos atuando para que isso ocorra. Um deles é inflação de alimentos, que subiu no começo do ano. Ela impactou todos os segmentos da sociedade. Já o segundo elemento, as declarações de Lula, causaram reação especialmente entre os evangélicos. Por isso a queda entre eles foi maior”, analisa Nunes.

Lula segue com ampla vantagem entre os trabalhadores que ganham até dois salários mínimos. Mesmo entre eles, no entanto, houve oscilação para baixo: a aprovação caiu de 64% para 61%, e a reprovação subiu de 33% para 36%.

No segmento que ganha entre dois e cinco salários, a avaliação negativa de Lula saltou de 46% para 52%, ultrapassando a positiva, que caiu de 52% para 45%.

Entre os que ganham mais de cinco salários mínimos, a reprovação a Lula segue alta, oscilando de 55% para 54%. Mas a positiva subiu, de 41% para 44%.

Na semana passada, a coluna já tinha revelado que 60% dos entrevistados pela Quaest diziam que o petista exagerou ao comparar o que acontece em Gaza ao que Hitler fez na Segunda Guerra Mundial. Apenas 28% diziam que ele não exagerou.

O percentual chega a 69% entre os evangélicos, e é menor (57%) entre os católicos.

A imagem de Israel, no entanto, também despencou entre os brasileiros desde o início da guerra.

No fim de outubro de 2023, pouco depois do ataque terrorista do Hamas ao país, 52% diziam ter opinião favorável em relação a Israel. Quatro meses de guerra depois, o percentual caiu para 39%. E opiniões desfavoráveis saltaram de 27% para 41%.

Já a imagem da Palestina, favorável para 43% dos brasileiros em outubro, oscilou positivamente, para 45%.

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