Lula abre Assembleia da ONU com discurso voltado ao combate da fome e crise climática

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) na manhã desta terça-feira (19), em Nova York, nos Estados Unidos. Antes de Lula, Antonio Guterres, secretário-geral do órgão, fez o discurso de inauguração. Esta é a oitava vez que Lula fala no palco da ONU como presidente do Brasil, em seu retorno após 14 anos.

Na tribuna, o chefe do Executivo brasileiro iniciou o discurso prestando condolência a vítimas de desastres ocorridos no Marrocos, na Líbia e também no Rio Grande do Sul. Na sequência, o presidente falou sobre a crise climática. Relembrando a primeira vez em que discursou na ONU, 20 anos atrás, Lula afirmou que o mundo ainda não tinha consciência da gravidade do tema à época.

“Há 20 anos, ocupei esta tribuna pela primeira vez. Volto hoje para dizer que mantenho minha inabalável confiança na humanidade, reafirmando o que disse em 2003. Naquela época, o mundo ainda não havia se dado conta da gravidade da crise climática. Hoje, ela bate às nossas portas, destrói nossas casas, nossas cidades, nossos países, mata e impõe perdas e sofrimentos a nossos irmãos, sobretudo os mais pobres. A fome, tema central da minha fala neste Parlamento Mundial 20 anos atrás, atinge hoje 735 milhões de seres humanos, que vão dormir esta noite sem saber se terão o que comer amanhã”, declarou.

Após as saudações iniciais, Lula chegou a ser aplaudido ao dizer que o “Brasil está de volta” e que se está presente no palanque nesta terça, é porque a democracia venceu no país. “O Brasil está se reencontrando consigo mesmo, nossa região, o mundo e o multilateralismo”, disse.

Ainda no começo de sua fala, o presidente citou programas de seu governo como ferramentas de combate à desigualdade no país a exemplo do Brasil sem Fome e o Bolsa Família.

Com o presidente da Ucrânia Volodimir Zelenski presente, Lula também falou sobre o conflito com a Rússia. De acordo com o presidente, a guerra mostra a incapacidade da comunidade internacional de fazer prevalecer os princípios da Carta da ONU.

Lula afirmou, ainda, haver ‘paralisia’ no Conselho de Segurança da ONU e propõe reformas para incluir novas nações.

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