O deputado Lindbergh Farias, integrante da ala do PT que critica a meta de zerar o déficit primário das contas públicas em 2024, rebateu as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, neste domingo (10).
O chefe da equipe econômica discordou no último sábado (9) da presidente do partido, Gleisi Hoffmann, durante a Conferência Eleitoral do PT em Brasília, e disse não ser verdade que o déficit fiscal gera crescimento econômico.
Companheiro de Gleisi, Lindbergh argumentou que a fala de Haddad é equivocada e a meta pode levar a um contingenciamento de R$ 53 bilhões em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
“De fato, déficits aparecem com mais frequência em momentos de desaceleração econômica. Agora, é inquestionável que estímulos fiscais em situações de baixo crescimento, como devemos enfrentar em 2024, têm sim um papel enorme no crescimento do PIB”, escreveu Lindbergh no X – antigo Twitter.
Lindbergh já chegou a propor duas emendas para alterar a meta, sugerindo déficit de 0,75% ou 1%, mas a estratégia não foi endossada pelo Planalto que, deu vitória a Haddad no debate.