O governo da Bahia, sob o comando do governador Jerônimo Rodrigues (PT), encerrou 2023 com um total R$ 8,38 bilhões em investimentos empenhados. De acordo com dados oficiais, o valor é o maior já investido pela gestão estadual em um primeiro ano de mandato, superando também a média investida pelo estado nos quatro anos anteriores.
Confirmando uma tendência que já se delineava desde o início do ano passado, o maior volume de investimentos em 2023, totalizando R$ 4,02 bilhões, foi direcionado à área social, que reúne as secretarias de Educação, Saúde e Segurança Pública.
Na área de Infraestrutura, o valor investido foi R$ 3,53 bilhões, aplicados pelas secretarias de Infraestrutura, Urbanismo e Infraestrutura Hídrica.
Os desembolsos para investimentos foram aplicados, entre outros itens, em escolas de tempo integral, policlínicas e equipamentos hospitalares, equipamentos de segurança, rodovias, obras de mobilidade, sistemas de abastecimento de água e obras de convivência com os efeitos da seca.
“Um recorde de quem trabalha de forma determinada a melhorar a vida de baianas e baianos. Em 2023, fizemos o maior investimento para um primeiro ano de governo”, declarou Jerônimo, em publicação realizada nas redes sociais nesta quinta-feira, 25.
Na comparação com outros estados, a Bahia manteve sua posição de segundo lugar em investimentos, atrás apenas de São Paulo, de acordo com os dados mais recentes do Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi), da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
O estado da Bahia, no entanto, apresenta um endividamento bem abaixo do paulista: segundo a Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-BA), até o segundo quadrimestre de 2023 a dívida baiana correspondia no final do ano passado a 21% da receita, o menor patamar em duas décadas e bem abaixo em comparação com a do estado mais rico do país, cujo endividamento estava em 116%.
O secretário estadual da Fazenda, Manoel Vitório, ressalta que os investimentos realizados pela atual gestão em 2023 contaram, principalmente, com recursos próprios, já que a Bahia viveu um momento, nos últimos anos, em que não tinha acesso a operações de crédito. Esta situação, segundo ele, ajuda a explicar a forte queda do endividamento nos últimos anos.
Ainda de acordo com Vitório, em 2024, a Bahia terá condições para dar sequência à pauta de investimentos, com o apoio de recursos de novos financiamentos, por ter retomado o acesso pleno ao crédito com a conquista da nota máxima em Capacidade de Pagamento, a Capag A, concedida pelo Tesouro Nacional.
“Os investimentos públicos são estratégicos para a nossa economia e necessários para o bem-estar social”, afirmou Vitório. “Vamos continuar investindo e mantendo o equilíbrio fiscal, conforme orientação do governador Jerônimo Rodrigues”, complementou, lembrando que a responsabilidade fiscal é uma marca das gestões do PT no estado da Bahia.