“Todos os esforços estão concentrados para garantir que a obra do VLT de Salvador seja cumprida dentro do esperado”. A afirmação de Ana Claudia Nascimento, presidente da Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), órgão ligado à Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado (Sedur), reforça o compromisso do Governo do Estado com o projeto de implantação do Veículo Leve de Transporte (VLT), da capital baiana e Região Metropolitana.
Segundo o planejamento da CTB, a previsão é de que as obras sejam iniciadas em julho de 2024.
Na segunda-feira, 25, mesmo dia que a Companhia recebeu propostas concorrentes à licitação do projeto, sem intercorrências e sem interposição por parte das empresas e consórcios que participam da disputa, foi noticiado que uma Vara da Fazenda Pública determinou a sua suspensão. Na manhã desta terça-feira, 26, a presidente Ana Claudia informou que o órgão ainda não foi intimado sobre a decisão.
“O projeto do VLT foi lançado em dezembro de 2023, com todo cuidado técnico, e amplamente divulgado na imprensa, nos canais oficiais do Governo, nas redes socais e junto à comunidade, com a realização de algumas audiências públicas com a população e também com o Ministério Público. O assunto foi tratado no Tribunal de Contas e, dentro do próprio processo licitatório, houve um período de questionamentos, onde, tanto licitantes, como interessados poderiam fazer os seus pedidos de esclarecimentos”, pontuou.
Ainda de acordo com Ana Cláudia, o VLT é um projeto de grande magnitude e relevância para a sociedade e para a mobilidade de Salvador e região metropolitana.
“Nós queremos reafirmar que o VLT é uma prioridade deste governo, porque entende a urgência e a necessidade de um transporte de qualidade para a RMS, especialmente para a região do Subúrbio Ferroviário. A Procuradoria Geral do Estado (PGE) já está envolvida no processo e adotará todas as providências necessárias, dentro da legalidade”.
A ação popular foi ajuizada pelo vereador Sidninho (Podemos) que, ouvido por A TARDE, alegou que não se trata de interesses políticos.
“O que nossa assessoria verificou foi que algumas exigências do edital limitariam o número de participantes e isso poderia resvalar no aumento do preço da obra”.
Para o vereador, a prova disso foi que apenas dois grupos apareceram para disputar o lote 1, três para o lote 2 e dois grupos para o lote 3.
“Nossa atuação não é política ou pessoal e sim para que tenhamos um modal que saia do papel e não termine com está a nova rodoviária, parada por entraves burocráticos como os que queremos evitar com a ação movida”, finalizou o parlamentar.
A TARDE apurou ainda que o Estado da Bahia provocou a presidente do TJ-BA para suspender a liminar que paralisou a licitação. No pedido, a procuradoria alega que existe grave lesão à ordem pública com a suspensão do certame e consequentemente do projeto que permitirá a instalação do VLT.
A expectativa, também segundo apurações, é que a pretensão estatal seja atendida ainda na tarde desta terça-feira, 26.