Explosão deixa centenas de mortos em hospital na Faixa de Gaza

GAZA – O hospital Al-Ahli, na cidade de Gaza, que abrigava milhares de civis no fogo cruzado entre Israel e o grupo terrorista Hamas, foi alvo de uma explosão nesta terça-feira, 17, que deixou centenas de mortos e um número ainda desconhecido de pessoas sob os escombros.

A explosão, que ocorre em meio à piora da situação humanitária na Faixa de Gaza, afetou o esforço diplomático para amenizar a tensão na região. A visita do presidente Joe Biden à Jordânia foi cancelada e a ONU adiou uma discussão do Conselho de Segurança sobre a crise.

Após o episódio, manifestantes tomaram as ruas de diversas cidades do Oriente Médio e do Norte da África, como Túnis, Amã, Ancara, Líbano e Ramallah, em protesto contra as mortes, que atribuíram a Israel. Na maioria dessas cidades, a multidão se reuniu diante das embaixadas de Israel e dos Estados Unidos.

Crianças feridas são atendidas após explosão em hospital de Gaza
Troca de acusações
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O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, governado pela ala política do grupo terrorista Hamas, responsabilizou o governo de Israel, nesta terça-feira, 17, pelo episódio e disse que o há ao menos 500 mortos em um hospital da Faixa de Gaza, mas o número exato de vítimas ainda não está claro. “O hospital abrigava centenas de doentes e feridos, bem como pessoas deslocadas à força”, afirmou o Ministério da Saúde em Gaza, em comunicado.

O Exército israelense disse que o hospital não estava entre os seus alvos e responsabilizou a Jihad Islâmica, um outro grupo palestino, lançou mísseis acidentalmente contra o local. “Uma análise do sistema operacional do Exército indica que uma barragem de foguetes foi disparada por terroristas em Gaza e passou perto do hospital, que foi atingido”, disse o Exército israelense em nota.

A Jihad Islâmica negou a acusação de Israel. “Não houve operações nessa área”, disse o porta-voz do grupo Daoud Shebab ao New York Times. No passado, foguetes disparados por radicais palestinos já falharam e atingiram civis em Gaza. Nenhuma das versões pode ser verificada até agora.

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