Expansão do Brics: bloco anuncia 6 novos membros

O Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, anunciou nesta quinta-feira (24/8) um processo de expansão do bloco.

Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Argentina, Egito, Irã e Etiópia foram “convidados” a entrar no grupo como membros plenos a partir de 1º de janeiro de 2024, segundo o anúncio do presidente da África do Sul, anfitrião da 15ª cúpula do bloco, que acontece em Joanesburgo.

O termo “convite”, segundo diplomatas, é uma formalidade técnica, uma vez que os países anunciados já haviam demonstrado interesse em entrar no bloco.

Ainda não há definição se o nome do bloco, formado pelas iniciais dos atuais cinco membros, irá mudar com a sua expansão.

A expansão do Brics era esperada, uma vez que ela se tornou o principal tema da 15ª Cúpula do bloco, que teve início na terça-feira (22/8) e termina nesta quinta-feira.

O movimento de expansão era publicamente liderado pela China e, em menor grau, pela Rússia.

Analistas avaliam que a iniciativa tem como objetivo diminuir o isolamento dos dois países em relação aos Estados Unidos e à Europa Ocidental.

As relações dos dois países com norte-americanos e europeus ocidentais estão desgastadas por eventos como a guerra na Ucrânia e acusações de espionagem supostamente praticada pelos chineses, que Pequim nega.

O Brasil, por outro lado, insistia oficialmente para que, em vez de uma expansão acelerada do grupo, que o Brics adotasse critérios a partir dos quais fosse feita a avaliação dos pedidos de adesão.

A posição, no entanto, foi mudando ao longo dos últimos dias. Nesta semana, antes do anúncio oficial, membros do governo falavam que um grupo entre três e seis países poderia ser incluído no Brics.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a defender, publicamente, a entrada de alguns dos países que acabaram de entrar para o bloco — entre eles, a Argentina e Emirados Árabes Unidos.

Apesar dessa posição oficial, o assessor especial da Presidência da República para relações exteriores, o ex-ministro Celso Amorim, disse que os critérios seriam definidos depois: “Você escolhe os países e aí depois define os critérios.”

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