Muitas vezes não olhar pra trás só aumenta a experiência sensitiva e emocionalmente sórdida… A experiência mostra que vão tentar bombardear as suas emoções, você vai se sentir congelar, romper todo e qualquer ligação amorosa ao bel-prazer, arbítrio, senhorio e domínio, anestesiado com tamanha dor, vão tentar retirar o seu coração à força mesmo estando encravado na cavidade torácica entre os pulmões num espaço denominado mediastino. Vão lhe rasgar veias e artérias emocionais ainda pulsando… Não tente se autoflagelar, talvez este procedimento possa ser feito arbitrariamente – são as desilusões amorosas vociferando.
Vigeram amores nas nossas vidas que, de parte a parte, não tiveram qualquer representatividade – paixões efêmeras e exaustivamente fugazes, outras mais complexas, nos fizeram sangrar por longas semanas, talvez meses e anos. A dor de amor independe do estado de espírito, inobstante claramente do quanto sofremos com uma desilusão, só nos resta perseverar de fato e seguir em frente, ao alvedrio da comiseração, romper e rasgar o destino como uma flecha lançada.
Policiar a autoestima e a honradez é prevalecente, manter a cabeça erguida talvez seja a melhor maneira para continuar trazendo brio ao tão surrado coração! Mas quer saber? “Jamais, em tempo algum, abandone o seu coração” – tente não visualizar a angústia de ter tocado sonhos e sentido os odores das lembranças mais felizes e indescritíveis. Posso ser sincero? Já fiz sofrer… Mas muito sofri e reitero: continuo conduzindo o meu coração ao extremo, enxugando lágrimas, me recuperando das infinitas desilusões e fazendo com que as dores se distanciem ao máximo ou se mantenham em letargia. Dica? Não tentem blindar o coração, afinal esta é uma decisão do destino de cada um em particular! Sequer o silêncio e a distância serão capazes de tamanha proeza. Arriscar um novo amor, provavelmente no tempo certo, após vestir o tão famigerado luto, seja a solução! Eu tenho feito isto, estou feliz e, tem dado certo!!!
Se distanciar da realidade é inescapável, as agruras do destino fazem parte do universo individual, peculiar e próprio de cada ser humano. Voltar a sorrir diante de um novo amor é imperativo, está no DNA, e pouca coisa é necessária para transformar inteiramente uma vida: amor no coração e sorriso nos lábios e, como afirmou William Shakespeare: “É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada”.
Por André Curvello – Advogado e Colaborador do Liberdade de Imprensa.