Durante sessão na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) nesta quarta (28), o deputado Samuel Júnior (Republicanos) condenou a decisão de suspender as redes sociais de Pablo Marçal, que concorre como candidato à prefeito de São Paulo. Para Samuel, a atitude é um cerceamento de direitos e que essa “mordaça” não pode ser aceita.
“Eu quero já deixar claro que não é que eu concorde com a atitude dele e a gente não tem nenhuma ligação política em relação a isso. Mas eu jamais posso permitir a censura, porque isso pode abrir um precedente, principalmente nós que somos políticos, que temos a cobertura da Constituição Federal, da livre manifestação. Então, se tem alguma publicação que ofende alguém e infringe alguma lei, isso precisa ser analisado caso a caso e não simplesmente tirar o direito que todos os candidatos têm de fazer sua campanha nas redes sociais”, pontuou o deputado.
Samuel destacou ainda, que a divergência de opiniões tem que existir e deve ser algo saudável, pois não dá para achar que só porque há oposição se deve haver ameaça e a retirada de direitos que são garantidos a todos. “Brasil não pode aceitar isso, nós vivemos de fato num país democrático e isso é extremamente importante, o direito à liberdade. E se o rapaz está ofendendo o sistema, principalmente porque há uma intenção de voto, a gente ganha eleição, é na urna e não nesse tapetão”, finalizou.
Entenda o caso – No último sábado (24), uma liminar foi concedia pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral, após ação movida pelo PSB, partido de Tabata Amaral. Na representação, a legenda solicita a abertura de um inquérito contra Marçal por pagar seguidores que distribuem cortes de seus vídeos nas redes sociais. Desde então, o perfil do candidato prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal foi suspenso.