A defesa do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, pediu a revogação da prisão preventiva ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) com a liberdade provisória do militar.
Cid foi preso há um mês, após determinação de Moraes, por enviar áudios criticando a forma como a sua delação premiada foi conduzida pela Polícia Federal (PF). O magistrado entendeu que Cid não preservou o sigilo da sua colaboração ao falar sobre o acordo e que os áudios causaram embaraço às investigações, o que caracterizaria crime de obstrução de Justiça.
Os advogados do militar alegam que não houve tentativa de obstruir a Justiça, e que o vazamento dos áudios não prejudicou as investigações. A defesa afirma ainda que a manutenção da prisão é desnecessária.
Em março, Cid foi intimado a ir ao STF prestar esclarecimentos sobre os áudios divulgados pela Revista Veja onde Cid insinua que foi coagido pela PF. Ele acabou saindo de lá preso por descumprimento de medidas cautelares e obstrução.
Cid foi preso pela primeira vez em maio de 2023, no âmbito da operação sobre a fraude em cartões de vacinação de Bolsonaro, parentes e assessores. Ele ficou detido por quatro meses e deixou a cadeia após acertar a colaboração.