A cúpula da Procuradoria-Geral da República (PGR) considera que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi “infeliz” em sua declaração, mas não cometeu o crime de racismo ao “trocar” os nomes e chamar a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) de “Chica da Silva”. A informação foi publicada no jornal O Globo.
A PGR ainda não se manifestou oficialmente no caso, mas terá que fazê-lo em uma representação que o líder do PT na Câmara, Odair Cunha (PT-MG) apresentou contra a parlamentar bolsonarista na última quarta-feira (3). Na terça-feira (2), Zambelli chamou Benedita de “Chica” enquanto reclamava de não ter espaço de fala na Reunião de Mulheres Parlamentares do P20, que ocorreu em Maceió (AL). O evento reuniu parlamentares de países-membros do G20 para discutir temas como combate às desigualdades e representatividade feminina.
“Eu não vou ter poder de fala, né? Eu não vou falar porque provavelmente não sei por que que não vou falar. Parece que já foi montada pela Secretaria da Mulher, que é a Chica da Silva”, disse Zambelli. Benedita da Silva é a atual coordenadora da Secretaria da Mulher na Câmara dos Deputados. Durante a reunião em Maceió, Zambelli também trocou o nome da colega em outra oportunidade, chamando “Benedita” de “Chica”, em entrevista à TV Câmara.