Desde que saiu do reality, o soteropolitano virou o assunto preferido por colunistas de entretenimento e por parte da opinião pública, já conhecido por perseguir figuras negras.
Ao expressar que não tinha mais interesse em cursar medicina, o campeão do Big Brother Brasil (BBB) 2024, Davi Brito, novamente se tornou alvo de um debate que envolvia ofensas e acusações sobre sua mudança de pensamento após sair do reality. Este tema polêmico já havia sido trazido em discussão pela consultora de diversidade e relações étnicos raciais, Tainara Ferreira, no mês de abril, ao apontar que o sonho do soteropolitano poderia ser consequência de uma imposição idealizada pela sociedade.
A entrevista, dada pelo novo milionário à Rádio Metrópole na última terça-feira (13), reiterou um processo racista, que ainda prossegue, ao presenciar diversas falas nas redes sociais que endossam a ideia de que ele “nunca teria capacidade de se tornar médico”. Para Tainara, isso só demonstra a estratificação criada em torno desta profissão, em detrimento a outras, a colocando como disponível somente para uma elite.
“Vivemos em uma sociedade capitalista e totalmente estereotipada, afetando as nossas escolhas de carreira. Sempre ouvimos que, para ter dinheiro e reconhecimento, precisávamos ser médicos, engenheiros ou advogados. Isso é o ideal branco das profissões que tanto pregam e atingiu diretamente tantas pessoas negras, como Davi”, pontuou a especialista.
A consultora relembrou que o jovem tem 21 anos e, com as mudanças que aconteceram em sua vida, é normal que os pensamentos e vontades que antes tinha também passe por alterações, como qualquer pessoa durante esta fase.
Além disso, Tainara ressalta que existe uma perseguição constante contra o ex-integrante da ‘casa mais vigiada do país’, mesmo após 4 meses do fim do programa. Desta vez, atrelado ao curso de medicina, uma parte do público – endossada por veículos de imprensa – decidiu incisivamente realizar ataques em relação à escolha da agência que o agenciará a partir de então, diminuindo a empresa, gerida pelo influenciador Cristian Bell, um homem negro e baiano.
“Depois de tanto pedirem para que ele fosse assessorado, agora estes mesmos críticos chamam a agência de nanica. Esta mesma agência que cuida da carreira de grandes nomes na internet, que vieram do gueto, assim como Davi. Não é mais racismo velado, e sim declarado! Ainda misturado com pura xenofobia, pois isso não está sediado no sudeste”, afirmou.
Desde que saiu do BBB, o vencedor da disputa perdeu mais de 1 milhão de seguidores no Instagram depois de ser alvo de matérias sensacionalistas, que buscavam manter o engajamento do reality show em benefício próprio.