O prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB), rebateu, nesta terça-feira (14), as críticas feitas pela oposição à sua gestão em relação ao reajuste da tarifa do transporte público da capital baiana e do subsídio de R$ 205 milhões para o sistema de ônibus.
Em conversa com a imprensa, durante a entrega de uma escola no bairro de Paripe, Bruno Reis disse que não é apenas Salvador que passa por uma crise no transporte público, mas, mesmo com toda a dificuldade, a prefeitura da capital baiana vem conseguindo realizar investimentos para minimizar as dificuldades.
“[Salvador] foi a única cidade que consegui, nesse período, renovar a frota com quase 350 ônibus. Esses investimentos do subsídio têm como contrapartida a aquisição de mais outros 188 ônibus novo, seja Euro6 convencional, sejam ônibus articulados e ônibus maiores para o BRT. Além do pedido de financiamento que vai permitir a prefeitura colocar no sistema 375 novos ônibus, inclusive ônibus elétricos”, disse.
Bruno Reis ainda pediu para que oposição também se atentem para o serviço oferecido pelo governo da Bahia com os ônibus que atuam na região metropolitana de Salvador e com os investimentos feitos no metrô.
“Respeito a oposição. Eles podem usar os argumentos que acharem convenientes, mas eu peço que olhem o lado. Olha para a situação dos ônibus horríveis que entram em Salvador, que é do sistema metropolitano. Ônibus deteriorados, com baratas, que nem sequer fazem a limpeza. Sistema esse que estar em crise. Vê quanto o governo [do Estado] coloca por ano no metrô. Quero provocar a imprensa em fazer essa pesquisa”, disparou o prefeito.
Bruno Reis ainda reconheceu que os R$ 205 milhões em subsídios está “muito abaixo” do que em outras capitais, mas “é o que a prefeitura pode colocar”.
Já sobre o reajuste, o prefeito destacou a tarifa de Salvador não é atualizada há um ano e meio, mesmo assim está abaixo da inflação do período e o valor será mantido pelos próximos dois anos
“Infelizmente, todo ano ocorre reajuste. Eu vou ser o único prefeito dessa cidade que, em quatro anos de mandato, tiveram apenas três reajustes. A gente consegue compreender as dificuldades para as pessoas, mas é o menor reajuste de todos os tempos. Equivaleria a R$ 0,15 esse ano e R$ 0,15 no ano que vem. E, nesse reajuste, a prefeitura tá pagando. A tarifa real esse ano é de R$ 5,50 e ano que vem é R$ 5,78 e prefeitura, com muita dificuldade, está assumindo essa diferença para amenizar o impacto na vida das pessoas”, finalizou.