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Bruno Reis cobra reunião com Jerônimo para discutir ‘repartição injusta da tarifa do transporte público’

por Redação

O prefeito Bruno Reis (União Brasil) cobrou, na manhã desta quinta-feira (15), uma reunião com o governador Jerônimo Rodrigues (PT) para discutir o que ele classificou como uma “repartição injusta da tarifa do transporte público”. Em entrevista concedida à rádio Metrópole, ele expressou sua preocupação com a situação do transporte público em Salvador, alegando que a tarifa está sendo distribuída de maneira desigual.

Durante a entrevista, o prefeito também fez uma previsão preocupante, afirmando que o metrô de Salvador poderá se tornar o mais caro do mundo futuramente. Ele destacou a gravidade dessa situação, afirmando que, ao final do contrato de concessão, que deve ocorrer em 20 ou 25 anos, o metrô da capital baiana estará com tarifas exorbitantes.

Bruno Reis argumentou que o metrô precisa transportar, pelo menos, 500 mil passageiros para se pagar, e qualquer número inferior a esse resulta em o Estado arcar com os custos dos passageiros não transportados. Ele fez uma estimativa de que o valor atual desses custos é de cerca de R$ 330 mil ou R$ 340 mil, enquanto a demanda ideal seria de R$ 580 mil.

Detalhando os números, o prefeito informou que dos R$ 846 milhões pagos pelo governo estadual à CCR, R$ 416 milhões foram destinados a passageiros não transportados, e R$ 430 milhões foram utilizados em obras realizadas no metrô.

Além disso, Bruno mencionou a divisão desigual da tarifa paga pelos passageiros como um dos fatores que contribuem para o desequilíbrio financeiro do transporte público de Salvador. Atualmente, segundo ele, 61% de cada tarifa é destinada ao metrô, enquanto 31% vão para o sistema de ônibus.

O prefeito ressaltou que esse é um problema comum a todos os prefeitos das grandes cidades brasileiras, afirmando que o transporte público sobre pneus está falido, e a conta não fecha mais. Ele lamentou as mudanças ocorridas nesse setor ao longo dos anos e destacou a chegada do metrô como um fator que contribuiu para a injustiça na distribuição da tarifa, com 61% destinados ao metrô e apenas 39% para o sistema de transporte.

Quanto ao transporte público, Bruno revelou sua expectativa de que até o final de 2024, 50% dos ônibus estejam equipados com ar-condicionado. Hoje, apenas 35% da frota conta com esse recurso.

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