O governo Lula (PT) vetou informalmente a admissão da ditadura venezuelana como país parceiro do Brics, uma nova categoria de associação que é uma grande novidade da 16ª reunião do grupo , que começa nesta terça,22, em Kazan, na Rússia.
Caracas ficou fora da lista de 12 países que serão convidados. De acordo com o que a Folha de S.Paulo apurou junto aos negociadores, são eles, por região do mundo: Cuba e Bolívia, Indonésia e Malásia, Uzbequistão e Cazaquistão, Tailândia e Indonésia, Nigéria e Uganda, e Turquia e Bielorrússia.
Ainda segundo apurações da Folha, a relação ainda não é final e pode haver surpresas na reunião dos chefes de Estado e de governo, na quarta,23.
No ano passado, o Irã e a Etiópia entraram na primeira grande expansão do Brics na última hora, em uma operação que demonstrou o poder da China , a maior potência do grupo criado em 2006 com Brasil, Rússia e Índia —a África do Sul ingressou em 2010.
A lista prevista em 2023 só tinha Emirados Árabes Unidos, Argentina e Arábia Saudita. Os argentinos desistiram sob o novo presidente, Javier Milei, que se filiou ao lado americano da Guerra Fria 2.0 entre Pequim e Washington.
Já os sauditas são uma espécie de entidade etérea em Kazan: há um diplomata de segundo escalonamento do país participando das reuniões, que segundos negociadores não abrem a boca nos encontros, e não há um interlocutor para debater com os presidentes e primeiros presentes. O país desistiu de aderir em peso quando o arquirrival Irã foi aceito, na reunião de Joanesburgo (África do Sul).