Após o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, formalizar um convite para que Lula (PT) esteja em sua posse, no dia 10 de dezembro, em Buenos Aires, Jair Bolsonaro (PL) confirmou presença na cerimônia independentemente de o petista ir ou não para o evento.
“Para mim, o Lula não existe. Ele faz a parte dele lá, eu faço a minha. Não vou brigar com ninguém”, disse Bolsonaro em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.
Bolsonaro justificou o convite de Milei a Lula. “Faz parte do protocolo, ele precisa acalmar as coisas”, disse o rival do atual presidente da República. No entanto, Bolsonaro diz que Lula “tem que se mancar” e diz duvidar que o petista marque presença na posse, por conta de risco de vaias e uma suposta predileção a outros países, como Venezuela e Nicarágua.
“Eu ajudei na eleição dele [de Milei]. Discretamente, mas ajudei, fiz discurso. E o Milei gosta muito do Eduardo [Bolsonaro, deputado federal e filho do ex-presidente]”, concluiu Jair Bolsonaro, que antes do convite de Milei a Lula, havia afirmado que dificilmente iria para a posse caso o petista fosse convidado.
Durante a campanha, Milei chamou Lula de corrupto e disse que não queria encontrá-lo, além de ameaçar romper relações diplomáticas com o Brasil.