Bolsonaro ataca Lula em primeiro discurso na volta Brasil: “Não vai fazer o que bem quer do futuro da nação”

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (30), que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não vai fazer “o que bem quer do futuro da nossa nação”. Bolsonaro falou com deputados, senadores e lideranças nesta manhã logo após chegar no Complexo 21, no centro de Brasília, onde se reúne com políticos do PL.

O ex-presidente desembarcou por volta das 6h40 na capital federal após quase três meses nos Estados Unidos.

“Eu lembro lá atrás que quando alguém criticava o Parlamento, o Ulysses Guimarães dizia: ‘Espere o próximo’. Dessa vez o próximo melhorou muito. O Parlamento está nos orgulhando, pela forma de se comportar, de agir lá dentro, fazendo realmente o que tem que ser feito, e mostrando para esse pessoal aqui, por ora e que no pouco tempo que está no poder, não vão fazer o que bem quer do futuro na nossa nação”, discursou Bolsonaro.

O ex-presidente disse também que, a partir de agora, vai receber e conversar com muita gente. Destacou ainda se tratar de uma tremenda responsabilidade, e ponderou que o “nosso chefe é o Valdemar [Costa Neto]”.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que tanto Bolsonaro como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro vão trabalhar agora com o objetivo de fortalecer o partido para as disputas municipais de 2024, antessala da eleição presidencial de 2026. A ideia é que Bolsonaro e Michelle Bolsonaro, que assumiu o comando do PL Mulher, comecem a viajar pelo País no segundo semestre, mas não juntos.

Bolsonaro, no discurso, disse que a meta é conseguir que PL e PP elejam 60% das prefeituras em 2024.

O ex-presidente vai passar a despachar diretamente do escritório do PL, na região central de Brasília, e receber aliados políticos. O objetivo desenhado pelo partido é fortalecer a oposição ao governo. Na fala que fez aos parlamentares, Bolsonaro prometeu empenho pela oposição e pelo PL. Ao dizer que o “chefe aqui é o Valdemar”, mandou um recado à ala da legenda que quer negociar com Lula em troca de votos no Congresso, de acordo com integrantes da sigla.

A primeira pauta é defender a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro como estratégia para desgastar o Planalto e culpar o governo pela invasão à sede dos Três Poderes em Brasília, apesar de o ato ter sido organizado e executado por apoiadores de Bolsonaro.

A ordem no PL é não dar “sossego” para Lula e manter os militantes ativos em torno da figura do casal Bolsonaro. No encontro, nem o ex-presidente nem a ex-primeira-dama fizeram menção ao escândalo das joias trazidas ilegalmente ao Brasil, caso revelado pelo Estadão.

Entre os presentes na recepção, estavam os deputados Helio Lopes (PL-RJ), o deputado Zé Trovão (PL-SC), a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), o senador Ciro Nogueira (PP-PI), o deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o senador Marcos do Val (Podemos-ES), o deputado Ricardo Salles (PL-SP), o deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o general Braga Netto, que concorreu como vice na chapa de Bolsonaro pela reeleição ao Palácio do Planalto, e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Related posts

Marcinho Oliveira acerta saída pacífica do União Brasil em reunião com ACM Neto

Pedro Lucas recusa convite para assumir Ministério das Comunicações

Gestão de Bruno Reis é aprovada por 66% da população soteropolitana, aponta pesquisa