Bahia: após atentados, Werner garante reforço na segurança a candidatos

Os episódios de violência contra candidatos na Bahia estão no radar da Secretaria de Segurança Pública (SSP). O secretário da pasta Marcelo Werner revelou ao Portal A TARDE que vem monitorando algumas localidades do estado para reforçar o patrulhamento no período eleitoral.

“É importante destacar que agora, nas próximas semanas, vamos reforçar ainda mais algumas cidades que nós já monitoramos. Não indicarei as cidades até em razão do trabalho de inteligência que está sendo feito, mas em busca de garantir uma eleição de paz, com muita tranquilidade em todos os rincões do nosso estado baiano”, disse Werner na manhã desta segunda-feira, dia 16, durante o ato de entrega de viaturas e cromatógrafos para o Departamento de Polícia Técnica (DPT).

Nos últimos dias alguns crimes envolvendo candidatos foram registrados na Bahia. A candidata à prefeitura de Salvador, Eslane Paixão (UP), denunciou ter sofrido um ataque racista na noite de sexta-feira, 13, durante uma panfletagem noturna com apoiadores no bairro do Rio Vermelho.

Em um comunicado nas redes sociais, ela disse que um homem branco não identificado se aproximou dela e dos apoiadores que faziam campanha fingindo ser simpatizante da candidatura, quando cuspiu na candidata e nos materiais de campanha da Unidade Popular.

Mais casos
Já na última quinta-feira, 12, um veículo utilizado pelo candidato a vereador de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, Iramir Nunes (PL), foi atingido por diversos disparos de armas de fogo. Iramir não estava no veículo no momento do ataque e ninguém ficou ferido.

No dia 7 de setembro, o carro de Joanice Alves da Silva, de 55 anos, candidata à prefeitura de Itapitanga, no sul da Bahia, foi atingido por disparos de arma de fogo na BR-030. No momento do atentado, ela estava acompanhada do marido, Felipe José Alves da Silva Araújo.

De acordo com as vítimas, dois homens em uma motocicleta atiraram várias vezes contra o automóvel. Os tiros danificaram o para-brisa frontal e o vidro lateral direito, mas ninguém ficou ferido.

“No início do processo eleitoral, a gente já vinha trabalhando junto da Polícia Militar e Polícia Civil, a partir de dados de inteligência, para evitar episódios como esses. É lógico que a gente primeiro lamenta esse tipo de coisa. A gente entende que cada candidato e cada eleitor e correligionário tem que ter a consciência de respeito ao próximo, de defender a sua posição política, mas sem violência. Se há divergências essas têm que ser aceitas e a disputa tem que ser no voto, para que o melhor candidato, aquele que fez mais propostas ou que teve a simpatia do eleitorado ganhe”, concluiu o secretário.

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