Autoridades internacionais contestam vitória de Maduro na Venezuela

Após o anúncio pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da vitória do presidente Nicolas Maduro nas eleições na Venezuela, autoridades internacionais questionaram os resultados. Segundo o portal G1, o CNE anunciou que Maduro foi reeleito com 51,2% dos votos depois de 80% das urnas apuradas.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, demonstrou preocupações de que o “resultado anunciado não reflita a vontade ou os votos do povo venezuelano”. O vice-presidente da Comissão da União Europeia, Josep Borrell Fontelles, disse que a vontade dos venezuelanos deve ser respeitada e que “é vital assegurar a total transparência do processo eleitoral, incluindo a contagem detalhada dos votos e o acesso às atas de votação das mesas eleitorais”.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, contestou a vitória de Maduro e afirmou que o Chile não reconhecerá “resultado que não seja verificável”. Nas redes sociais, Boric disse que “a comunidade internacional e sobretudo o povo venezuelano, incluindo os milhões de venezuelanos no exílio, exigem total transparência das ações e do processo, e os auditores internacionais não se comprometem com o governo na conta da veracidade dos resultados”.

O presidente do Peru, Javier Gonzalez-Olaecha, condenou, segundo ele, ” a soma de irregularidades com a intenção de fraude cometida pelo governo venezuelano”. Antes do resultado das eleições, o presidente da Argentina, Javier Milei, já havia dito que não iria reconhecer o que chamou de “outra fraude” e defendeu que as Forças Armadas “defendam a democracia e a vontade popular”. Após os resultados, o argentino republicou o mesmo texto duas vezes.

Maduro respondeu às críticas e chamou Milei de “bicho covarde”, “traidor da pátria” e “facista e nazista”. O Ministro do Exterior da Espanha, José Manuel Albares, disse que a vontade democrática deve ser respeitada e pediu a apresentação das atas de todas as mesas eleitorais para garantir a verificação dos resultados.

Uma auditoria independente e a contagem total dos votos foi o pedido do ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Luis Gilberto Murillo. Governo e oposição divergem sobre o resultado das eleições. A líder da oposição venezuelana Maria Corina disse que as pesquisas mostram vitória de González por 70% a 30%. Ela fez um apelo para que a população acompanhe a liberação das atas.

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