No alvo do Supremo Tribunal Federal (STF) por inação, o procurador-geral da República Augusto Aras declarou amor à democracia durante a abertura do Ano Judiciário nesta quarta-feira (1º), no Supremo Tribunal Federal (STF). O chefe do Ministério Público da União afirmou que foi o “sangue, suor e lágrimas” de brasileiros que construíram a história do país.
“Como dizia o poeta à sua amada, e o poeta dizia à sua amada e tinha que se repetir todos os dias: ‘eu te amo, eu te amo e eu te amo’. Para não se esquecer nunca do seu amor pela amada. Nós cidadãos, do Estado democrático de direito, precisamos dizer todos os dias: Democracia, eu te amo, eu te amo e eu te amo”, disse Aras no plenário do Supremo.
Ele pediu licença para dizer, em nome do MP, ‘democracia, eu te amo, eu te amo, eu te amo’”. Em seu discurso, ele afirmou que o povo tem direito de mudar de opinião, a liberdade de expressão, de escolher seus governantes, e que esta dignidade, na democracia, se amplia. Mas pregou equilíbrio nessas liberdades dentro da democracia, com a existência da divergência política, mas com respeito às diferenças.
Ele também repudiou os atos golpistas de 8 de janeiro. O procurador se defendeu de críticas sobre supostas omissões do Ministério Público e disse que o órgão atuou de forma “estrategicamente discreta”.