Preso desde janeiro deste ano, o ex-ministro Anderson Torres pediu o adiamento do depoimento à Polícia Federal, por meio da sua defesa. O depoimento está programado para ocorrer nesta segunda-feira, às 14 horas. As informações são do jornal O Globo.
A defesa do ex-ministro do governo Bolsonaro alega que um psiquiatra da Secretaria de Saúde do DF atestou a impossibilidade de o ex-ministro da Justiça de “comparecer a qualquer audiência no momento por questões médicas (ajuste medicamentoso), durante 1 semana”.
De acordo com os advogados, Torres sofreu uma “drástica piora”, após Alexandre de Moraes decidir mantê-lo preso, na semana passada.
O novo depoimento de Torres à PF tem como objetivo a prestação de esclarecimentos sobre as operações da Polícia Rodoviária Federal no segundo turno das eleições, quando eleitores da região Nordeste, onde o presidente Lula (PT) teve grande maioria dos votos, foram atrasados em comparecer às urnas.
Anderson Torres está preso no 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará. O Ministério Público Federal (MPF) se manifestou favorável à revogação da prisão do ex-secretário, no entanto, o ministro Alexandre de Moraes, responsável pela decisão, decidiu mantê-lo preso.
Torres foi ministro da Justiça e Segurança Pública no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele foi detido por suspeita de conivência ou omissão nos atos antidemocráticos que aconteceram em Brasília. No dia dos ataques, ele era secretário de Segurança Pública do DF.