O advogado Marcelo Bessa deixou a defesa de Jair Bolsonaro (PL) nos processos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), como o inquérito das milícias digitais e o que apura uma suposta interferência na Polícia Federal (PF). No lugar, assume os casos a advogada Luciana Lauria Lopes, com escritório no Rio de Janeiro.
Bessa chegou à equipe jurídica de Bolsonaro através do Partido Liberal (PL) e do presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, representado por Bessa no Mensalão e atualmente no caso da tentativa de golpe de Estado.
Segundo a CNN, a alteração ocorreu por conta de um dispositivo da decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes, após proibir os investigados, por uma suposta tentativa de golpe, de manter contato entre si, “inclusive através de advogados”.
A defesa do ex-presidente recorreu a Moraes contra essa proibição de contato com demais alvos da operação.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também apresentou o mesmo questionamento a Moraes, pedindo que essa proibição seja revogada, por entender que a medida afeta as prerrogativas da advocacia e que “advogados não podem ser proibidos de interagir nem confundidos com seus clientes”.
Bolsonaro mantém a equipe comandada pelos advogados Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Tesser em outros casos no STF, como as apurações sobre a suposta tentativa de golpe e dos presentes recebidos por autoridades estrangeiras.