A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) informou nesta terça-feira (24) que, em razão do assassinato do irmão, se licenciou por tempo indeterminado do mandato.
O irmão de Sâmia era o médico Diego Ralf Bomfim, de 35 anos. Ele foi assassinado a tiros junto com outros dois médicos em um quiosque na orla da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. De acordo com as investigações, os autores do crime se confundiram e acharam que estavam atirando em um miliciano.
“A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) agradece novamente toda a solidariedade a ela e sua família diante do assassinato bárbaro de seu irmão, Diego Bomfim, e seus dois amigos e colegas de profissão, Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida. Em decorrência da situação, Sâmia encontra-se em licença de suas atividades parlamentares, por tempo indeterminado”, escreveu a equipe de Sâmia em nota.
Por ser uma licença médica, não há previsão de que um suplente assuma o mandato.
Como foi o ataque
Os ortopedistas estavam hospedados no Hotel Windsor, na Avenida Lúcio Costa, que sedia a partir desta quinta-feira o 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo.
No início da madrugada, os 4 estavam em um quiosque na frente do hotel. Às 0h59, um carro branco parou, e 3 homens de preto e armados de pistolas desembarcaram e abriram fogo à queima-roupa
Foram pelo menos 20 disparos. Um dos bandidos ainda voltou para atirar mais em um dos médicos que tentava se refugiar atrás do quiosque.
Os traficantes suspeitos de fazer os disparos contra os médicos foram encontrados mortos horas depois no Complexo da Penha. A Polícia Civil do Rio investiga se os atiradores foram mortos a mando de chefes da facção do tráfico de que fazem parte.