O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, determinou o arquivamento da investigação contra empresários apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foram alvos de mandados em razão de conversas em um grupo no Whatsapp, sobre um suposto golpe de estado.
Faziam parte da investigação: Luciano Hang, dono da Havan; Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu; José Isaac Peres, dono da gigante de shoppings Multiplan; José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro; Ivan Wrobel, da construtora W3 Engenharia; e Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, dono da marca de surfwear Mormaii.
Segundo o ministro, “a investigação carece de elementos indiciários mínimos, restando patente a ausência de justa causa para a sua continuidade”. A decisão ocorreu após pedido da Polícia Federal (PF) de prorrogação do prazo para finalizar a investigação.
Moraes também concedeu à PF mais 60 dias para que sejam feitas diligências em relação a dois dos empresários: Luciano Hang e Meyer Joseph Nigri. A apuração em relação a ambos está mantida para averiguar o conteúdo do celular de Hang e um possível vínculo entre Nigri e o ex-presidente Jair Bolsonaro, conforme a polícia.
Nas mensagens reveladas pelo site Metrópoles, em agosto de 2022, os empresários passaram a defender um golpe caso o presidente Lula (PT), na época candidato à Presidência, vencesse as eleições. “Prefiro golpe do que a volta do PT. Um milhão de vezes”, escreveu José Koury.