A bancada do PP na Câmara sinalizou ao governo que não tem interesse no Ministério do Desenvolvimento Social sem o Bolsa Família, principal programa social da gestão Lula.
Indicou também que aceitaria somente pastas do mesmo porte ou mais expressivas, como Minas e Energia e Integração Nacional.
As negociações ocorrem no contexto da reforma ministerial que Lula fará para tentar ampliar sua base de apoio no Congresso.
Segundo integrantes da cúpula do PP, a bancada não assumiria o Ministério de Desenvolvimento Social sem o Bolsa Família, porque consideraria “falta de confiança” do governo. Esse formato, transferindo o programa para outra pasta controlada pelo PT, vem sendo mencionado como uma alternativa para acomodar a legenda no Executivo.
Um cacique do PP também indica que “sob hipótese nenhuma” o partido teria interesse no Ministério de Portos e Aeroportos, hoje comandado por Márcio França (PSB).
No entanto, esses mesmos interlocutores admitem que é difícil para o PT desalojar partidos que se aliaram à gestão Lula desde o começo, como PSD, que controla Minas e Energia, e União Brasil, que tem Integração.
No PP, o nome cotado para assumir um eventual ministério é o de André Fufuca (MA), líder do partido na Câmara.