O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Adolfo Menezes (PSD), afirmou, durante almoço com a imprensa, na manhã desta terça-feira, 3, que o Conselho de Ética da Casa está “refém” do crime organizado, ao se referir ao caso que envolve o deputado estadual Binho Galinha (PRD).
Binho Galinha é apontado como chefe de uma organização criminosa. Para analisar as acusações contra o parlamentar, a Alba instalou, em abril deste ano, o Conselho de Ética, presidido por Vitor Bonfim (PV). O colegiado, entretanto, não se reuniu nenhuma vez desde então.
Questionado, Adolfo apontou “medo” por parte dos deputados, e criticou a imunidade parlamentar, que abrange os políticos com cargos legislativos. O presidente da Alba ainda afirmou entender a posição dos colegas de Casa.
“O que eu penso é mais pesado, irresponsabilidade do Congresso Nacional. No intuito de tornar a palavra do parlamentar inviolável, eles botam tudo no mesmo bolo. Claro que uma ofensa, uma agressão, um empurrão não se justifica […] O que eu digo é que o que o Congresso quando eles querem votar, eles votam de hoje para a manhã. Não tem nada a ver com a palavra, isso é crime, tem que ir para a cadeia direto. No intuito de preservar a palavra, a imunidade parlamentar, o cara bota todo tipo de crime”, disparou Adolfo, que continuou.
“Cabe ao presidente solicitar aos lideres nomear o Conselho de Ética. Medo de agir, espera a Justiça agir. Não tiro a razão. Está refém. Os membros, não a Assembleia. O presidente não tem poder para mandar os membros do Conselho de Ética fazer o trabalho deles. É receio pela gravidade do problema. O resumo é medo”, completou o deputado.